20/02/2008

A Nauticampo 2008 acabou e finalmente sentimos a boa sensação de não estar um dia inteiro fechados. Claro que não foi uma sensação plena, pois o mau tempo não deixou.
A chuva de segunda fez imensos estragos, incluíndo a desconfiguração do modem e router, assim não houve oportunidade de fazer actualizações do blog e rescaldos da feira.
Se esta fosse uma crónicazinha de jornal teríamos uma seta vermelha (muito grande) para baixo, tais foram as críticas, queixas e lamentações sobre a Nauticampo. A maior parte dos expositores com quem falámos, incluíndo gente de outros sectores que não o mergulho, mostrava-se insatisfeita, considerando seriamente uma participação mais reduzida (ou mesmo ausente) no próximo ano.
A planetad'agua é uma excepção. Não obstante o desgaste que a feira transmite, os resultados são muito positivos, pois fizeram-se cerca de 50 assinaturas de mergulhadores que não conheciam a revista e mais de 100 novos contactos.
Se bem que concordemos que se devia arranjar um novo formato para a Nauticampo, reconhecemos que é lá que muita gente toma o primeiro contacto com o mergulho. O interesse desperta, ficando mais receptivos à marcação de um baptismo, eventualmente até de um curso básico ...
Vamos ver o que se passa agora na Exposub, com um perfil de visitantes ligeiramente diferente...

2 comentários:

Francisco Antunes disse...

É preciso elogiar a forma como correram as conferências sobre mergulho e a grande expressão que tiveram este ano e a grande dedicação dos companheiros do fórum do mergulho que as organizaram.
Se havia poucos stands de mergulho pelo menos temos que elogiar os que estiveram presentes e fizeram esse investimento mas acredito que alguns se estejam a “guardar” para apostar mais na Exposub. A participação numa feira tem de ser vista, acho eu mais como um investimento muitas vezes sem retorno imediato mas que contribui para a visibilidade da modalidade da qual todos que vivem do mergulho ficaram sempre a ganhar directa ou indirectamente, será mau se um dia o mergulho deixar de estar presente.
Eu recordo-me que foi numa feira na FIL lá pelo ano 2000, por acaso num Salão do Automóvel que uma determinada marca estava a promover no seu stand baptismos de mergulho mas, num tanque alto com uma parede de vidro do tipo “aquário” onde eu próprio fiz o meu baptismo. Lembro-me do impacto que essas estruturas tinham no público, não só nos que iam ao banho como nos que ficavam de fora a assistir, tinha muito mais visibilidade do que actualmente com as piscinas desmontáveis (de água turva), penso que se devia apostar mais em estruturas dessas recorrendo por exemplo ao patrocínio conjunto entre várias escolas, depois podia-se sortear uns cursos, equipamentos, saídas de mergulho, baptismos de mar etc.
A Nauticampo também já não é o que era, com a Internet as Deckatlon’s as SportZone’s etc. já ninguém espera pela feira para comprar a tendinha ou as botas de montanha só mesmo para escolher o veleiro e o Iate ou então… como a maioria vai lá só para ver as auto-caravanas para quando forem mais velhotes e tal e tal e tal…

planetad'agua disse...

Boa leitura da Nauticampo!
Pela parte que toca à planetad'agua, mais do que o investimento financeiro, salientamos o desgaste físico e a falta de disponibilidade que a feira impõe durante nove dias.
No entanto e apesar disso, o saldo é positivo.
O que é importante, pegando nas palavras do Francisco, é começar a encarar a Nauticampo de uma forma diversa. Deixou de ser uma feira de vendas, mas sim um evento, virado essencialmente para os que (ainda) não mergulham, logo, há que usar este target para divulgar a actividade (como muito bem o fizeram as conferências da APDM) e para tentar captar novos praticantes ... tema para uma nova conversa!