11/06/2008



Faz hoje 98 anos que nasceu o comandante Cousteau. Sem dúvida o ser humano que mais contribuiu para o desenvolvimento do mergulho, a ele devemos muito do que hoje se sabe sobre o mar e foi uma das primeiras e mais sonantes vozes na defesa do ambiente.

A primeira imagem que me ocorre dele é na ponte do Calypso com o seu barrete vermelho, a supervisionar as operações. Sobre a vida dele podemos ler tudo, ou quase, na Wikipédia e em dezenas de biografias. Por isso vou falar daquilo que ele foi para mim.

A primeira vez que li sobre ele foi no "Grande Livro dos Oceanos" publicado pelas Selecções do Readers Digest em 1972 e que foi o meu primeiro livro sobre o mar e o catalisador de um AMOR que ainda hoje perdura. Mais nenhum outro nome surge com tanta frequência neste livro que o dele, é mencionado em 23 páginas, o segundo, Cristóvão Colombo, aparece em 13! De facto é hoje impossível falar de mar sem mencionar Cousteau.

Rapidamente tornou-se um dos meus heróis de infância, influenciou em grande medida o meu AMOR pelo Mar, fez-me querer vir a ser mergulhador, fez-me sonhar em um dia fazer parte da sua tripulação, fez-me compreender que a vida marinha é delicada e frágil, abriu-me os olhos para os problemas ambientais (é preciso ver que estávamos nos finais dos anos 70).

Toda a humanidade tem muito a agradecer a Jacques Cousteau, foi ele que inventou e desenvolveu o escafandro autónomo, foi dos que mais estudaram o problema de respirar gases comprimidos debaixo de água, ajudou a desenvolver as misturas de Nitrox e Trimix, descobriu centenas de mistérios submarinos e ainda deixou portas abertas para o futuro, como sejam um novo tipo de propulsão para os navios, a concepção de cidades submarinas, etc.

As aventuras de Cousteau que prefiro foram as experiências Pré-continente em especial a II. De facto todo o conceito de aldeia submarina com as diferentes estruturas, a casa principal ou estrela-do-mar, a garagem do disco submersível ou o ouriço-do-mar e a estação profunda



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